quinta-feira, 17 de maio de 2012

O dia mais chato da História

  Qual foi o dia mais chato da história recente? A Universidade de Cambridge na Inglaterra criou um software para nos responder esta pergunta. O programa analisou 300 milhões de notícias publicadas em jornais desde 1900. A partir daí ele encontrou o dia mais monótono de todos: 11 de abril de 1954. Uma data em que, aparentemente, nada de importante aconteceu. ;)




Fontes:
http://lostcausediario.blogspot.com.br/2010/09/1900-e-antigamente.html
Revista Super Interresante, Edição Nº 304, maio de 2012, editora Abril.

Qual é o cheiro do espaço?

   A NASA contratou especialistas para recriar o cheiro do espaço, que segundo o pessoal que já esteve lá, tem cheiro de bife com metal queimado e óleo diesel. :O
  


                                           Poeira espacial: onde os mais variados odores do universo se encontram.


   O objetivo da NASA é recriar o ambiente espacial aqui na Terra (ao que parece, nos mínimos detalhes, já que nem o odor do espaço ficou de fora), para melhorar o processo de adaptação ao espaço, dos astronautas estreantes. 
    Mas porquê o espaço tem esse cheiro? Principalmente por causa da morte das estrelas. Quando essas violentas explosões estelares  acontecem, elas liberam os chamados hidrocarbonetos aromáticos e policíclicos. Segundo os astrônomos, essa moléculas parecem estar em toda a parte no universo, flutuando no espaço ou em meteoritos, cometas, e misturados na poeira espacial. Aqui na terra não é diferente, podemos encontrar esses hidrocarbonetos no petróleo, no carvão e até na comida.

                                                                      Nuvem de poeira na Constelação de Cisne


     Não seria possível porém, ir para o espaço e simplesmente aspirar e sentir o cheiro, pois no espaço predomina o vácuo, e um ambiente muito hostil, de temperaturas extremas e radiação, ou seja, seres humanos morreriam tentando captar seu odor. No entanto, quando os astronautas fazem missões fora da Estação Espacial Internacional por exemplo, os compostos do espaço aderem à suas roupas, tornando possível perceber o cheiro de bife queimado do espaço que fica nelas, quando eles voltam à nave.
     O nosso sistema solar é rico em carbono, por isso o cheiro de óleo diesel e o cheiro de queimado predomina, mas em outras regiões do universo, por exemplo, nuvens moleculares repletas de minúsculas partículas abrigam uma variedade fantástica de aromas, de cheiro de açúcar  a cheiro de ovo podre.




Fontes:
http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/espaco-tem-cheiro-de-bife-com-metal-queimado/
http://hypescience.com/qual-e-o-cheiro-do-espaco/
http://www.portaldoastronomo.org/npod.php?id=531

terça-feira, 8 de maio de 2012

Alcóol pode te deixar mais criativo, e esperto




   Uns drinks aqui, uma cervejinha alí e você fica desinibido e rindo a toa certo? Sim, mas tem mais: segundo pesquisadores da Universidade de Illinois nos EUA, o álcool no pode desencadear mais criatividade e desibinição de pensamento também. :O






    A pesquisa convidou 40 homens entre 21 e 30 anos para provarem esta hipótese.  A metade fez jejum por quatro horas e ficou se ingerir álcool ou qualquer tipo de drogas nas 24 horas anteriores ao teste. Chegando para o desafio, estes homens comeram um biscoito - o tamanho dos biscoitos variava de acordo com o peso dos participantes- e tomaram drinks de vodka com suco de cranberry. Tomaram, no total, o que equivale a 1 litro de cerveja. 
     Os outros 20 participantes não puderam curtir os drinks: apenas responderam aos exercícios, mas não beberam nem um ml de álcool. Nem biscoito eles ganharam.


     E quem ganhou nos testes de criatividade foram bêbados. Em uma das tarefas, cada pessoa recebeu três palavras (tipo colher, moeda, brinco). O desafio era acrescentar uma quarta que fizesse sentido no contexto (prata, por exemplo). Aí os bêbados levaram a melhor. Eles acertaram 40% a mais nestes testes e ainda foram mais rápidos: precisaram de 12 segundos, enquanto os sóbrios gastaram, em média, 15,5 segundos.

  Martelo de lata de cerveja: obra de artista desconhecido, mas com certeza bêbado. Definitivamente, o álcool estimula a criatividade :D

        
      Isso aconteceu porque o álcool reduz as atividades da memória ativa - é aquele conhecimento de fácil acesso no seu cérebro -  e deixa mais ativa sua criatividade. Com a memória ativa em baixa, a pessoa fica mais distraída e se deixa levar por alguns "sinais" intuitivos, que seriam ignorados normalmente. Em compensação, o pessoal da vodka teria dificuldades muito maiores para fazer contas ou lembrar de coisas mais complicadas.
  

   “A intoxicação moderada pode ser um caminho para deixar o estado de atenção mais favorável ao processo de criação”, diz o estudo.





         O álcool não te deixa mais inteligente, mas pode te deixar temporariamente mais criativo e "esperto"

  Resumindo, se você for artista, beber em serviço pode ser um segredo pro sucesso. :P


Fontes:
http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/page/2/
http://estou-sem.blogspot.com.br/2010/03/25-fotos-de-gatos-bebendo-cerveja.html
http://www.diegophotoshop.com.br/2010/07/escultura-com-lata-de-cerveja.html


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Robô movido a trigo foi construído na Grécia Antiga.

     Todos nós já ouvimos conhecemos robôs, já vimos esses autômatos pelo menos pela TV. Sabemos que eles são programáveis e executam as mais diversas tarefas sozinhos, como andar, falar. Mas o que provavelmente a maioria não sabe é que robô não é coisa do século 20. O primeiro registro que se tem de um é da Grécia Antiga. Ele foi construído pelo sábio matemático e engenheiro grego Heron de Alexandria. Obviamente, o robô não possuía chips de silício, nem falava, e nem era alimentando por uma bateria elétrica. O autômato de Heron era bem mais primitivo, mas mesmo assim, um grande feito para a época: o robô era basicamente um autômato em forma de carrinho com 3 rodas, movido a grãos de trigo, "programável" para executar diversos tipos de movimentos por meio de cordas que eram enroladas em determinada sequência em torno do eixo das rodas dianteiras. O robô podia até a presentar um pequeno teatro de fantoches sobre o deus do vinho, Dionísio, com suas manobras.


Heron de Alexandria


     O cientista da computação britânico Noel Sharkey, da Universidade de Sheffield é o pesquisador responsável por desenterrar os detalhes sobre o autômato (que realmente funcionava). Ele pesquisou as obras teóricas de Heron de Alexandria, o legendário criador do autômato (e injustamente pouco lembrado), que o ele é a primeira máquina guiada por um programa (tal como os computadores modernos) cujos registros chegaram até nós.
   Quanto ao trigo. Bom, ele ajudava a controlar a força motriz do autômato: na parte de traz dele , as cordinhas que estavam enroladas em torno dos eixos ficavam presas a um peso. Esse peso, por sua vez, ficava no alto de um tubo cheio de grãos de trigo. O tubo tinha um furo embaixo, pelo qual os grãos caiam devagarzinho. Assim o peso ia baixando cada vez mais, fazendo os eixos rodarem e o robô inteiro se mover.

   No Link Abaixo, você confere um vídeo exclusivo do Poratal G1 mostrando uma animação do robô: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL78601-5603,00-ROBO+DA+GRECIA+ANTIGA+ERA+MOVIDO+A+TRIGO.html


     Heron de Alexandria já havia ganhado a fama de inovador antes, pelo menos no meio acadêmico, já que poucas pessoas leigas conhecem o inventor.Enfim, relatos sobre o inventor, que foi contemporâneo de Jesus Cristo (ele viveu entre os anos 10 e 70 da Era Cristã), falam até que ele teria criado a primeira máquina de vender bebidas, onde a pessoa colocava uma moeda e recebia um jato de água benta. Foi ele inclusive, que criou o primeiro modelo de um motor a vapor primitivo, que na época, não recebeu a atenção necessária, poi se tivesse, motores mais elaborados poderiam ser desenvolvidos e logo, máquinas a vapor. Mas no final, o experimento tinha a finalidade apenas de provar a pressão do ar sobre um corpo.



Noel Sharkey, Cientista da Computação responsável pelos estudos sobre o robô de Heron.


      O pesquisador Sharkey traduziu o tratado Perí automatopoietikés (Sobre a fabricação de autômatos)  de Heron. No documento, Heron cita Tesíbio e outros antecessores seus  e explica parte de sua técnica. Segundo Schakley, o governo egípcio da Dinastia dos Ptolomeus, e depois os Romanos, financiava esse tipo de pesquisa. Os fabricantes de robôs tinham uma longa escola em Alexandria, cidade que, embora ficasse no Egito, foi fundada por Alexandre, o Grande e tinha sua cultura profundamente grega. Ao que tudo indica porém é que Herón foi muito mais longe que todos eles, por causa do refinamento de sua programação com cordas, que no caso do robô por exemplo, permitia à rodas dele se movimentar independentemente uma das outras, permitindo a ele fazer movimentos complexos.
     Outro fato intrigante, é que o poeta grego Homero (que viveu por volta de 800 a.C) , cita em uma de suas obras autômatos trípodes que teriam rodas de ouro "que as permitiam ir sozinhas para as assembléias dos deuses, uma maravilha de se contemplar".  Obviamente, o relato é fictício, mas autômatos no formato trípodes funcionam muito bem, por isso, especula-se se Homero não teria visto estes robôs criados por engenheiros gregos da época. A história dos construtores de robôs poderia remeter a séculos ainda antes de Heron? Talves a História um dia confirme nossas suspeitas, ou não. :).


Fontes:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL78601-5603,00-ROBO+DA+GRECIA+ANTIGA+ERA+MOVIDO+A+TRIGO.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heron_de_Alexandria

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Computador Made in Grécia Antiga: O primeiro computador da História

   Hoje em dia vivemos em uma sociedade movida pelos computadores. O mundo inteiro está conectado através dessas máquinas que  atualmente possuem tantas tarefas, que é até difícil definir qual é a sua finalidade. Mas afinal, como, porque e quando o homem criou o primeiro computador? Como era esta máquina pioneira?
    Em 1901, arqueólogos gregos mergulhadores, encontraram restos de um mecanismo submerso a 43 metros de profundidade na costa da ilha grega de Anticítera (Antikythera). O mecanismo, datado de 87 a.C., foi encontrado junto com uma série de outros objetos e estava muito corroído e incrustado. O objeto a princípio não despertou muito a atenção dos arqueólogos, mal sabiam eles do que se tratava aquela descoberta... Era o PRIMEIRO COMPUTADOR MECÂNICO DO MUNDO (pelo menos nunca encontramos outro mais antigo).
   


Como era o computador de Anticítera / Fragmento maior do computador encontrado.

   Esta máquina programada para fazer cálculos é datada de 87 a.C.. Dotado de várias engrenagens, e encaixes que se moviam através de manivelas, a aparato passou décadas sem ser compreendido, apenas se especulava qual a sua finalidade.
    Em 1971, o físico Derek J. de Sola Price confirmou sua tese de que o mecanismo era capaz de realizar cálculos astronômicos complexos. Mas foi somente em 2006 que o mecanismo teve algumas de suas funções melhor compreendidas, através dos trabalhos de Tony Freeth e sua equipe, do Projeto de Pesquisa do Mecanismo de Anticítera (Reino Unido). Eles descobriram que o mecanismo podia prever o acontecimento de eclipses lunares e solares com antecedência de anos, ou seja  REALIZAVA  CÁLCULOS ASTRONÔMICOS COMPLEXOS. Bastava mexer os ponteiros de um dos mostradores e olhar para o outro para saber a ocorrência dos eventos astronômicos. Recentemente Freeth e seus colegas reexaminaram as imagens de tomografia computadorizada que haviam feito de todos os cacos do mecanismo. Com elas é possível te ruma visão tridimensional muito clara de como dotas as partes se encaixavam, e ainda ler as inscrições tênues nas peças de bronze.   



                                       Reconstrução Virtual do mecanismo de Anticítera (You Tube)


    Graças a essa leitura, os pesquisadores descobriram que um dos dois discos mostradores do computador grego tinha o nome dos 5 jogos  que reuniam o mundo grego: Os jogos olímpicos,  os Jogos Nemeus e Ístmicos (realizados em Neméia e no istmo de Corinto, respectivamente), que aconteciam a cada dois anos; os Jogos Píticos, que aconteciam perto do grande templo do deus Apolo em Delfos; e os jogos de Naa, uma competição menos importante em Dodona, no noroeste da Grécia.
    Ou seja, em parte ele servia para calcular as datas dos jogos que aconteciam. Isto era de extrema importância para os gregos, já que o ciclo dos jogos olímpicos eram utilizados até para marcar o o tempo ( diziam por exemplo: fulano nasceu no ano 3 da olimpíada nº 42).




Réplica do Mecanismo de Anticítera no Museu Arqueológico Nacional de Atenas (feita por Robert J. Deroski, com base em Derek J. de Solla Price.




   Os nomes dos jogos, e dos meses constantes nos discos, estão escritos no dialeto dório, falado em colônias de Corinto, como Córcira (a moderna Corfu), ou Siracusa, na atual Sicília. Pois era justamente Siracusa, o lar do matemático Arquimedes, que segundo a lenda, era genial e criador de inúmeras geringonças que pareciam mágica na época.    O mecanismo de Anticítera é "jovem" demais para ter sido criado diretamente por Arquimedes, mas não é impossível que as tradições técnicas ligadas a ele tenham desembocado no aparelho.     




Fontes:
http://veja.abril.com.br/061206/p_088.html
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL706298-5603,00-
http://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_de_Antic%C3%ADtera