quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Hitler "sofreu bullying" de outros soldados durante a 1ª Guerra

   O historiador Thomas Weber, professor da Universidade de Aberdeen, na Escócia, tem feito estudos sobre a história de Adolf Hitler, principalmente no que se refere à sua participação na Primeira Guerra Mundial. O que ele tem descoberto deixaria envergonhado o Führer, um dos maiores ditadores da história.



    Hitler foi soldado na Primeira Guerra Mundial (1914-1918),  tinha um papel secundário no campo de batalha, entre eles o de mensageiro. Além disso ele era ridicularizado pelos outros saldados: em cartas não publicadas de soldados que lutaram ao lado de Hitler na guerra, descobre-se que eles ridicularizavam o Führer por não conseguir abrir uma lata de comida com sua baioneta, por exemplo. Os soldados referiam-se a ele como "o artista" ou "o pintor" (o hobby de Hitler), e afirmam que ele era um soldado extremamente submisso aos seus superiores e que não gostava do passatempo preferido dos outros soldados: escrever cartas e beber cerveja.

    Essas cartas mostram uma visão diferente e colocam em dúvida a que se tinha até então da participação da Hitler a Primeira Guerra Mundial. Ao contrário do que se acreditava, nos parece que o forte nacionalismo e antissemitismo de Hitler não surgiu durante sua experiência na guerra. As cartas também confrontam a história de que  Hitler teria sido um herói de guerra, e a suposta camaradagem com os demais soldados nas trincheiras. 
   
   Segundo o Historiador Thomas Weber,   "o mito de Hitler como um corajoso soldado e a camaradagem das trincheiras na 1ª Guerra foi usado pelo partido nazista para aumentar seu apelo popular". O professor afirma, no entanto, que Hitler atuou longe dos campos de batalha e era visto por seus pares como "um solitário". Essas cartas permaneciam ignoradas até então porque estavam arquivadas na Baviera, e sob um regimento diferente dos demais arquivos da guerra.  A pequisa de Weber será publicada na íntegra no livro "A Primeira Guerra de Hitler", editado pela Oxford University Press.
   
    
Fontes: 
Revista Galileu
Mail Online



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Videogames ajudam a diminuir pesadelos de soldados

   Um dos argumentos contra vídeo games é que eles nos deixariam mais imunes à violência, como pancadaria e tiroteios, por nos habituar com essas situações fazendo com que nossa percepção sobre elas se torne mais banal e aceitável em outros aspectos da vida dos jogadores. Particularmente isso não ocorre comigo, e não creio que isso possa trazer riscos à sociedade, mas vamos prosseguir.


   
   Essa característica que seria negativa, pode ajudar soldados que estiveram no campo de batalha da vida real a dormirem melhor. O estudo revelou que 98 militares que jogavam regularmente games de guerra ou outro tema ligado à violência e tiro, como Call of Duty, Battlefield e Red Dead Redemption  apresentaram a diminuição da sua agressividade e de seus pesadelos sobre os combates.

Cena do game Call of Duty Black Ops  II


   Os soldados que não costumavam jogar esse tipo de game relataram ter mais pesadelos sobre situações violentas e disseram se sentir impotentes durante esses combates em sonhos, o que faz eles se sentirem mais agressivos e impotentes em sua vida de modo geral . Já os que jogaram, afirmaram ter pesadelos menos frequentes e menos intensos e que neles, eles eram capazes de lutar contra as ameaças.

    O estudo foi coordenado por Jayne Gackencach, pesquisadora da Universidade Grant MacEwan, no Canadá. Segundo ela, a pesquisa pode levar ainda algum tempo para apresentar resultados consistentes. A hipótese da pesquisadora é que jogar jogos violentos servem como uma espécie de simulador de ameças enquanto acordado. E isso poderia ajudar a condicionar a mente dos soldados para suportar situações intensas e perigosas nos pesadelos.

                   Cena do Game Battlefield 3

NÃO ENTRE EM PÂNICO!


Arthur Dent sai de casa de pijama e roupão numa manhã comum quando se depara com uma frota de bestas alienígenas prontas para eliminar a Terra do caminho da "estrada espacial" que eles queriam construir.   Arthur porém é salvo por um extraterrestre pirado chamado Ford Prefect e pega carona na nave alienígena antes deles explodirem a Terra. A partir daí Arthur passa a viver as mais loucas aventuras vestindo pijama pelo Universo à fora, na companhia de Etês malucos, da maior enciclopédia já vista no Universo: O Guia do Mochileiro das Galáxias, e um robô depressivo e mal humorado chamado Marvin.

Esse é o começo da saga de ficção científica mais no-sense e engraçada da história, um prodígio engraçado e genial da mente brilhante de Douglas Adams. Esta é minha singela homenagem, Obrigado Douglas Adams!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A vida no Egito Antigo

   "Na sala, pai e filho estão entretidos com jogos de tabuleiro e bebem cerveja em um final de tarde de domingo. A perna engessada de um deles não permitiu que fossem a uma cervejaria. No quintal, as crianças se divertem brincando de amarelinha e entre os cães de estimação que correm derredor. Em um dos quartos, duas adolescentes experimentam novos cosméticos e cremes hidratantes, enquanto conversam sobre métodos contraceptivos e o teste de gravidez que a mais velha fará no dia seguinte. No quarto principal, uma mulher divide seus pensamentos entre a contabilidade de sua padaria e o divórcio prestes a se concretizar. Para amenizar a dor de cabeça, ela toma um remédio à base de ácido acetilsalicílico, o princípio ativo da aspirina."
 
     O dia de domingo descrito acima pela revista Super Interessante* poderia muito bem ter acontecido no Brasil nos dias atuais por exemplo. Mas se eu disser pra vocês que isso acontecia no Egito Antigo, no tempo dos faraós, eu não estou delirando, é isso mesmo! Cenas como essa aconteciam no dia a dia dos súditos de Tutancâmon ou Ramsés II por exemplo.




    Os avanços científicos e tecnológicos dos Antigos Egípcios surpreendem muitas vezes até especialistas no assunto. A complexidade à que chegou a civilização do Egito Antigo é tamanha, que poderia ser descrita em vários livros. Inclusive há descobertas, costumes e avanços que a maioria das pessoas julga ser de um passado recente, mas na verdade vieram do tempo das múmias e dos grandes faraós.

   Você lerá agora um resumo sobre a vida, trabalho, família, enfim, o dia-a-dia dos egípcios antigos. A reportagem original foi publicada pela Revista Super Interessante de Agosto de 2003.

 
  ASPIRINA, TESTE DE GRAVIDEZ, ENGESSAMENTO...

   Parece que os egípcios não se contentavam em construir pirâmides gigantes que até hoje muitos acham que só podem ter sido erguidas por ET's. Eles ainda eram bem avançados em farmacologia e medicina." Em O Legado do Antigo Egito, o egiptólogo Warren R. Dawson, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, cita papiros médicos datados de até mais de 40 séculos atrás retratando procedimentos médicos e remédios usados até hoje por profissionais da área de saúde. Substâncias como óleo de rícino (que você provavelmente achava que era da época da sua vó), ácido acetilsalicílico, própolis para cicatrização e anestésicos já eram conhecidos. Os documentos descrevem cirurgias delicadas, o engessamento de membros com ossos quebrados e todo o sistema circulatório do corpo humano. Isso tudo graças à religião egípcia, que não proibia a violação de cadáveres, como em muitas culturas da época."




   "Na mumificação, os órgãos dos mortos eram removidos e ás vezes tratados e recolocados, o que permitiu aos egípcios conhecer bem o interior do corpo humano e até concluíram acertadamente as funções de muitos órgãos, exceto do coração por exemplo, que eles acreditavam ser também a fonte dos pensamentos."

   "Um dos melhores exemplos disso é o conhecimento sobre o sistema circulatório. O corpo de Ramsés II (1279 a 1212 a.C.) teve suas veias e artérias retiradas, mumificadas e recolocadas. O hábito de tomar o pulso do paciente como forma de avaliar sua saúde é descrito no papiro Ebers, datado de 1550 a.C. “O batimento cardíaco deve ser medido no pulso ou na garganta”, dizia o antigo documento, certamente um dos primeiros livros de medicina do mundo."


     E a medicina não era coisa para poucos, até trabalhadores braçais tinham acesso à tratamentos, e à uma espécie de plano de saúde.



    "Outro avanço da medicina egípcia foram os métodos contraceptivos. A egiptóloga Margaret Marchiori Bakos, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, diz que a maioria deles consistia na aplicação de emplastros espermicidas na vagina. O papiro Ebers relata que “para permitir à mulher cessar de conceber por um, dois ou três anos: partes iguais de acácia, caroba e tâmaras; moer junto com um henu de mel, um emplastro é molhado nele e colocado em sua carne.” Um “henu” equivale a cerca de 450 mililitros. “A acácia continha goma arábica, que com a fermentação e a dissolução em água resulta em ácido lático, ainda hoje utilizado em algumas geleias contraceptivas. O mel, que também aparece no papiro Kahun, pode ter tido alguma eficácia. “Seu efeito tende a diminuir a mobilidade do espermatozoide”, diz Margaret." É parece que faz muitos século que as mulheres não tem mais desculpas pra ter um milhão de filhos, e nossos bisavós botam a culpa na inexistência da TV :P.
   "Quando havia suspeita de gravidez eram feitos testes com a urina. “A mulher urinava em um recipiente em que havia uma variedade de cevada. Se ela germinasse, a gravidez estava confirmada”, diz Antonio Brancaglion. Para o especialista, independentemente do percentual de acertos, o mais notável é o conhecimento da relação entre a composição da urina e a gravidez."


    CIRCUNAVEGAÇÃO DA ÁFRICA E CONTROLE DAS CHEIAS:
  " A medicina não foi a única ciência em que os egípcios se desenvolveram. Eles foram engenheiros notáveis em química, construção civil, naval e hidráulica. “Nem sempre é possível afirmar que tenham sido precursores nesta ou naquela descoberta”, afirma Antonio, “pois a pesquisa nunca termina. Baseando-se no que se encontrou até hoje, dá para concluir que eles foram os primeiros em diversas tecnologias.”"



   "Na navegação, há fortes indícios de que alguns dos louros atribuídos aos fenícios precisam ser divididos com os egípcios. A vela mais antiga de que se tem notícia, por exemplo, é egípcia e foi encontrada dobrada dentro de uma múmia em Tebas, de cerca de 1000 a.C. Os mais antigos modelos de barcos a vela dos fenícios de Tiro e Cartago datam do século 8 a.C. Os egípcios foram os primeiros a projetar barcos pensando previamente no destino que eles teriam. Modelos militares eram diferentes dos cargueiros, que por sua vez não se pareciam com os utilizados para lazer ou cerimônias religiosas. Eles criaram os melhores barcos militares e a frota mais veloz da época. A chamada nau de Quéops, com 47 metros de comprimento e datada da Quarta Dinastia (2589 a 2566 a.C.), é a mais antiga embarcação desse porte encontrada até hoje. Num barco ainda maior, durante o governo do Necho II (610 a 595 a.C.), eles já haviam realizado a circunavegação da África."
Barco egípcio localizado enterrado próximo à pirâmide de Quéops e teria pertencido ao faraó. A embarcação tem 4,5 mil anos.

    Por volta de 2300 a.C. eles já aplicavam técnicas de irrigação artificial, por meio de canais com vazão controlada. Criaram um sistema de bombeamento de água chamado shaduf. Consistia em um processo elevatório que levava a água até locais naturalmente não inundados, para aumentar a área produtiva. O shaduf é usado até hoje, principalmente no bombeamento de pequenas quantidades de água ou situações em que o custo da implantação de sistema automático não é compensador. A roda para bombear água movida a tração animal também vem do Egito, no tempo dos romanos, entre 30 a.C. e 395 d.C.

    ENGENHARIA E GREVES
    Na construção civil, os egípcios foram grandes mestres. Construções como as grandes pirâmides, a esfinge e as estátuas no Vale dos Reis estão entre as estruturas mais belas e requintadas da Antiguidade, mas os exemplos do impressionante uso da pedra, da marcenaria e da fabricação do vidro estão por todo o Egito. E, mais uma vez, o modo de vida e a religião estão diretamente ligados ao desenvolvimento de técnicas de construção. “Os egípcios queriam durar para sempre e isso fazia parte de vários aspectos de sua cultura. Seus templos eram construídos com a expectativa de serem eternos. As paredes de pedra serviam, ainda, como suporte para sua história, seu contato com o passado”, diz Antonio Brancaglion.


Entrada do Templo de Abu Simbel, com estátuas gigantes.

     Os egípcios são considerados precursores do uso de pedras para obras em larga escala. Os primeiros registros datam de quase 5 mil anos atrás. Na Terceira Dinastia, por volta de 2700 a.C., já se cortavam pedras no tamanho e no formato dos tijolos atuais. As construções em rocha e a precisão nos cortes mostram os conhecimentos geológicos avançados dessa civilização. Eles já sabiam que a dureza das rochas variava conforme sua composição mineralógica e que elas tinham pontos frágeis em sua estrutura, por meio dos quais se aplicavam as técnicas de corte. Nas fissuras eram introduzidos instrumentos de madeira, posteriormente molhados. Expandidos, eles forçavam a quebra da rocha no ponto desejado. Os egípcios criaram também os primeiros serrotes de metal. Eram utilizados em rochas menos duras, como o calcário.
A Grande Pirâmide, de Quéops.

    Desenvolveram técnicas de polimento com areia e modernas formas de encaixe, tanto da madeira quanto da pedra. “Recortes tipo macho e fêmea vieram daí”, afirma Antonio. “O pó que sobrava do corte e polimento das rochas era misturado a cal, gesso e água, formando uma massa usada para tapar buracos ou corrigir irregularidades nas paredes: um antepassado do cimento.” Ainda na construção civil, os discípulos dos faraós foram os primeiros a estudar profundamente o solo para a colocação de fundações e a construir sistemas de calhas para escoamento da água da chuva.



A Grande Pirâmide de Quéops.

    A estrutura de dutos e calhas também era montada no campo, para evitar deslizamentos de terra e inundação de áreas férteis pela chuva que escorria das encostas. A primeira barragem pluvial de que se tem notícia data do final da Segunda Dinastia (2750 a.C.). Tinha 10 metros de altura e 1,5 quilômetro de extensão. Cedeu numa tempestade quando estava em fase final de construção. A engenharia egípcia também foi a primeira a utilizar réguas, esquadros e prumos. Eles foram os inventores do vidro moldado, processo ainda presente em alguns setores da fabricação de vidro opaco. A técnica do sopro foi desenvolvida posteriormente na Mesopotâmia. A base da tecnologia da fundição do bronze e de outros metais no mundo todo também veio do Antigo Egito.


Tribunal de Ramsés II


    Os egípcios eram caprichosos joalheiros e marceneiros. A técnica de solda e montagem de jóias é a mesma dos tempos atuais e, na marcenaria, se destacaram pelos detalhes no entalhamento dos móveis e modernidade dos projetos. Já produziam móveis dobráveis e foram os precursores das camas com estrado. “Os egípcios de classes mais altas foram os primeiros a dormir em camas de madeira com estrado”, conta o especialista do Museu Nacional.




    Com tanto trabalho por fazer, era natural que as primeiras organizações entre os operadores dessa incrível máquina de construir se formassem por ali. O Antigo Egito foi palco das mais antigas greves de que se tem notícia. O registro mais remoto de uma paralisação desse tipo aconteceu no Novo Império (entre 1570 e 1070 a.C.), durante o reinado de Ramsés III. Os operários da construção de um templo decidiram cruzar os braços por não receber no prazo combinado comida, roupas e maquiagem que usavam para trabalhar. O sacerdote tentou negociar com os grevistas, mas o patrão, ou melhor, o faraó não cumpriu a promessa. Só o fez dois meses depois, quando os operários não apenas cruzaram os braços novamente, mas também ocuparam o templo que estavam construindo.


Novamente...

Se por um lado fizeram greves, por outro criaram técnicas de policiamento utilizadas até hoje, como o uso dos animais na captura de malfeitores. Há registros de policiais fazendo patrulhamento acompanhados por macacos e cenas de babuínos pegando ladrões em mercados.



  ASTRONOMIA, TINTAS SINTÉTICAS E QUÍMICA.
   “Nem sempre os egípcios foram inventores desta ou daquela tecnologia. Muita coisa feita por outros povos eles aperfeiçoaram”, diz Antonio Brancaglion. Seu papel no mundo antigo não era o de produtor de matéria-prima, mas o de transformador de tecnologia e exportador. “Poderia ser comparado aos Estados Unidos de hoje, um grande centro de pesquisa e comércio internacional.”


    A criação da cerveja, por exemplo, costuma ser atribuída a eles, mas os mesopotâmicos também conheciam o método de fermentação e fabricavam bebida semelhante. “Só que ninguém se aperfeiçoou tanto nos aromas e na variedade de sabores como os egípcios. O que possivelmente tenha sido ideia deles foram as grandes cervejarias, aonde as pessoas iam para beber e conversar já em 1500 a.C. A indústria da panificação também vem dos egípcios, bem como a adição de frutas e temperos aos pães”, afirma o professor.
   Além de estudiosos da Terra, os egípcios gostavam de desvendar os mistérios do céu. O mapeamento celeste foi feito por egípcios e mesopotâmicos. Aos egípcios coube o reconhecimento das estrelas para contar as horas de noite e a montagem do primeiro calendário solar, com 365 dias em 12 meses. Foram eles também que dividiram o dia em 24 horas, 12 para a noite e 12 para o dia. Identificaram planetas como Vênus e Marte e estrelas como Sirius e Órion e localizaram o norte pelo posicionamento das estrelas.
    Os egípcios foram químicos valiosos. Pioneiros na indústria de perfumes e excelentes técnicos na área de cosméticos – a maquiagem tinha uma grande importância para a saúde, pois sua composição protegia a pele dos efeitos do sol –, eles foram os primeiros a fabricar uma tinta sintética. “Os artistas usavam tintas com base mineral em vez de vegetal, como faziam outros povos. O branco vinha do cal, o amarelo do ferro, o preto do carvão e assim por diante. Muita gente pensa que o azul vinha do lápis-lazúli moído, o que não é verdade. Essa rocha gera pó branco e não azul. Para chegar ao azul eles misturavam óxidos de cobre e cobalto com bicarbonatos de sódio e cálcio e fundiam a mais de 700 graus Celsius.



    Essa fusão resultava em uma pedra azul que era moída e misturada com um aglutinante natural, como clara de ovo ou goma arábica, e virava uma espécie de guache”, diz o estudioso. Os vernizes criados naquela época à base de damar, uma resina vegetal, são utilizados até hoje. Eles conheciam o betume e usavam uma espécie de piche como selante.
    Instrumentos como harpa, flauta, trombeta de metal, oboé e dois tipos de alaúdes, o menor com um som parecido ao do violino, também são originários da terra dos faraós, bem como jogos de tabuleiro e brincadeiras infantis como cabra-cega e amarelinha. Com toda essa herança, por mais que as origens de cada um de nós não passe nem perto das etnias do Antigo Egito, essa civilização faz parte dos  nossos hábitos e costumes.
   Eles queriam ser eternos. Ordenaram todas as suas energias, corações e mentes para isso. Construíram seus templos de pedra, onde gravavam suas memórias nas paredes, mumificavam os mortos para que seus corpos vivessem até a eternidade e, assim, desenvolveram a ciência, a arte e os costumes. Não resta dúvida: eles conseguiram.

Fontes:
Revista Super Interessante, Agosto de 2003.
E outras diversas fontes de imagens.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vômito de baleias na fabricação de perfume ?!

    Isso mesmo que você leu no título, a bizarrice da indústria de cosméticos não tem fim, ou melhor, pode ter, pois as baleias cachalotes que são as fornecedoras dessa "fragrância" correm o risco de extinção.


     O vômito de baleia, que serve para a produção de refinados itens de perfumaria tem outro nome mais "comercial": âmbar cinzento. Ele é produzido pela vesícula biliar da cachalote, e é um ingrediente do vômito. Essa secreção gosmenta é fabricada pelo organismo da baleia para envolver tudo aquilo que seu sistema não consegue digerir – conchas, por exemplo – protegendo,assim, seus órgãos internos. Assim que é recolhido, o âmbar tem um odor parecido com o de esterco de vaca, mas vai ganhando uma fragrância mais agradável com o passar do tempo (algo parecida com o cheiro de terra). 

    Mas o uso do vômito na fabricação de perfumes não está ameaçado somente pelo risco de extinção da baleia cachalote (o que algo muito mais grave do que a simples falta de um perfume no mercado), afinal é muito mais difícil encontrar vômito de baleia do que sintetizar um substituto para o âmbar  em laboratório. E é exatamente o que cientistas da Universidade British Columbia nos EUA estão fazendo: utilizando leveduras (um fungo bem comum) para produzir uma substância química chamada cis-abienol, que está em fase de testes mas parece ser um substituto perfeito para o âmbar cinzento das cachalotes.

  Esperamos mais pesquisas e ações por partes de universidades e governos também para salvar essas animais da extinção. Isso não pode acontecer!

Fontes:
Site da Revista Galileu

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ouça o som das estrelas!

    Ondas sonoras não se propagam no espaço. Mas outros tipos de ondas eletromagnéticas sim, e essas emitidas por estrelas nós podemos ouvir com ajuda de equipamentos. lol 

    Tudo graças a uma recente área da astronomia e seus métodos : a Sismologia Estelar. 



   

   Se trata de estudar a estrutura interna das estrelas através de seus espectros de frequências eletromagnéticas geradas pela energia térmica das estrelas, que se converte em pulsações. Através de radiotelescópios e outros equipamentos como o telescópio espacial Corot, que é atualmente a principal ferramenta da sismologia estelar.



   Uma vez captadas essas emissões eletromagnéticas pulsantes, elas são convertidas para um formato de áudio, e podem ser ouvidas pelos pesquisadores (assim como fazem os aparelhos de som, que captam as ndas de rádio e as convertem em ondas sonoras), revelando muitas informações sobre o que acontece dentro dessas estrelas. 
   
    Os sons de algumas estrelas nos dão a sensação de estarmos no espaço mesmo, como em estrelas parecidas com o Sol. Já o som das estrelas pulsares, parece às vezes o tocar de um tambor em pulsares com rotações mais lentas,ou um grupo de percussionistas enlouquecidos em pulsares de rotação mais rápida, como a de Vela. Ouça você mesmo o som das estrelas!


Sons de estrelas captados pelo Telescópio Espacial Kepler, clique no link da NASA:
 http://bit.ly/nyOgTr


Sons de diversas Estrelas: (no início, vá aumentando o volume até ouvir):




Pulsar de Vela:





    Pulsar B0329:


Fontes:
NASA
BBC Brasil
Wikipedia
Blog Apollo 11
You Tube


terça-feira, 18 de setembro de 2012

Hipertricose: a Síndrome do Lobisomem


    O tema de hoje é uma doença genética rara e incurável, que faz que cresçam grandes quantidades de pelos no corpo de uma pessoa, principalmente no rosto. Essa doença, que dá ao portador uma aparência exótica, é conhecida como Hipertricose, Síndrome do Lobisomem, ou Síndrome de Ambras.

   Existem hoje, segundo a revista Aventuras na História, 100 casos documentados da doença. Os pelos geralmente aparecem em todo o corpo, mas também ocorre Hipertricose localizada. Geralmente os pelos aparecem de duas formas: Com pelos finos e de diversas cores, ou com pelos mais grossos e de uma cor só. A hipertricose passa para os descendentes do portador na maioria das vezes.

Supatra Sasuphan

    Como já citei acima, a hipertricose não tem cura definitiva,  mas pode ser amenizada através de técnicas de remoção de pelos, como tratamentos à laser, cera ou químicos, que podem fazer com que os pelos desaparecem por um bom tempo. Tratamento agressivos porém, podem ter efeitos colaterais bem chatos, como cicatrizes, dermatite, ou hipersensibilidade.
  
    Um dos casos mais antigos que se tem notícia da doença é o de Petrus Gonzales, que nasceu com hipertricose congênita (de nascença) em 1537, e foi adotado pelo rei Henri II. Ele casou-se e teve 4 filhos e 3 filhas, quase todos peludos como ele.

                                            
                                                                Petrus Gonzales

   A menina da foto se chama Supatra Sasuphan e tem 11 anos. Ela entrou pro Guiness o Livro dos Recordes como a menina mais peluda do mundo. Supatra já tentou depilação à laser, mas os pelos não demoraram muito à voltar, o caso dela é bem sério. Outro caso  famoso é dos irmãos mexicanos Larry e Danny Ramos Gomez, que se tornaram artistas de circo, acrobatas e mágicos, além de serem atração por sua aparência exótica.   Ambos casaram-se e tiveram filhos.



           Irmãos Danny e Larry Gomez
                                                






Hype Science
Guia do Estudante Abril
Blogadão
Blog MaisPB

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

5 coisas incríveis que você não sabia sobre o planeta Terra

  A nossa morada cósmica é realmente fascinante, principalmente pelo fato de podermos viver nela. Por isso eu reuni aqui dados e aspectos muito interessantes sobre o nosso mundo que provavelmente você não sabia.    Divirta-se!






 1- A Terra se move em velocidades altíssimas:


    Todos nós conhecemos o movimento de translação e rotação da Terra. Mas você já parou para pensar a que velocidade esses movimentos acontecem? A rotação por exemplo: A Terra gira em torno de seu próprio eixo a uma velocidade que na linha do Equador é de 1.674 km/h! Bem mais rápido que aviões comerciais!
   A velocidade de translação é ainda muito maior: a Terra viaja ao redor do Sol a 108 mil km/h, percorrendo 930 milhões de quilômetros ao redor dele para completar uma volta, levando para isso 365 dias e 6 horas, o nosso "ano".
   A Terra viaja ainda junto com o Sol pelo braço da Via-Láctea à 76 mil km/h, em direção à constelação de Hércules.






2- O Campo Magnético Terrestre garante nossa vida na Terra

    O campo magnético da Terra, que é formado pelo movimento uniforme dos elétrons dos átomos de ferro no núcleo terrestre, atua como um escudo contra os ventos solares, e barra ou desvia parte dessa radiação eletromagnética. Se não tivéssemos um campo magnético, a Terra seria bombardeada constantemente pelos ventos solares, e tal exposição a essa radiação, tornaria a vida na Terra no mínimo muito difícil. Haveriam extinções em massa.
  




3- Qual é o "peso" da Terra?

    É possível descobrir a massa dos corpos celestes a partir da força gravitacional que eles possuem. A partir daí cientistas calcularam a massa da Terra: 5,97 sextilhões de toneladas. Ou seja: 5.972.200.000.000.000.000.000 t






4- Quais são as temperaturas mais altas e a mais baixas já registradas na Terra?

   A Terra também é um planeta de extremos: a temperatura mais baixa já registrada aqui foi -89,2ºC na Estação Votok, uma estação de pesquisa fundada pelos russos que fica no coração da Antártida, a no mínimo1.260 km continente à dentro (distância da costa mais próxima). Lá no verão até faz um "calorzinho" de cerca de -30ºC.
   Já a temperatura mais alta registrada na Terra foi de 70ºC, no deserto de Lut, no Irã. O registro foi feito por um satélite da NASA, em 2005. Temperaturas em torno dos 50ºC são comuns por lá durante o dia.




5- Um portal se abre conectando a Terra ao Sol todos os dias.
   
    Isso mesmo que você leu: UM PORTAL. O que acontece é que, o campo magnético da Terra (magnetosfera) e o campo magnético do Sol (heliosfera) estão em constante pressão um contra o outro no lado diurno da Terra. A cada oito minutos aproximadamente, eles se fundem por um breve período de tempo, formando um portal, um túnel,  com a largura da Terra e com comprimento estimado de até 4 vezes o tamanho da Terra, e através desse portal as partículas de alta energia, como os ventos solares fluem livremente, chegando à superfície da Terra. O nome desse fenômeno é FTE (Flux Transfer Event), que significa Evento de Transferência de Fluxo, e tem sido estudado pela Agência Espacial Européia e pela NASA nos últimos anos.



Fontes:
Blog da Scientific American Brasil
Blog Apollo 11
Hype Science
Wikipedia
Terra




quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O maior Cânion do Sistema Solar!


   Na imagem acima você está vendo o maior Cânion do Sistema Solar, em Marte. O nome desse desfiladeiro gigante é Valles Marineris, ele possui 3 mil quilômetros de comprimento, chega a ter 600 quilômetros de largura e 8 quilômetros de profundidade.

    Ele é muito maior que o Grand Canyon, nos EUA, que é o maior cânion da Terra e tem 800 Km de comprimento, 30 km de largura e 1,8 km de profundidade.

    Ainda não está clara qual é a origem do Valles Marineris, mas há suspeitas de que ele tenha se originado a partir de uma fenda, quando o planeta estava instável e se resfriando a bilhões de anos atrás. A imagem acima é na verdade um mosaico feito a partir de várias fotos tiradas nos anos 70 por sondas como a Mars Mariner 9, que descobriu o Cânion no início da década de 70.



Fontes:
Hype Science
NASA
                           

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Gordura sob controle? Descoberta proteína que regula a criação de células de gordura

    Um novo estudo pode ter revelado o que faz uma célula tronco se transformar em uma de gordura: uma proteína, a endoglina, que regula o tipo de célula que uma tronco vai virar.




    A pesquisa é liderada Adam Reese e Anja Nohe, da Universidade de Delaware, EUA, e revelou também que a quantidade de endoglina na superfície celular indica se a célula será de gordura ou de osso. Isso significa que ela poderá ser usada tanto no tratamento da obesidade quanto da osteoporose e outras deficiências nos ossos.

     Se for confirmada a hipótese da proteína ser a chave para esse processo, então no futuro poderemos controlar a quantidade dessa proteína nas células tronco, impedindo  a formação de células gordurosas, ou aumentar o surgimento de células ósseas. Cerca de um quinto do esqueleto de um adulto é renovado todos os anos, mas com a idade  começa a acontecer a redução da formação óssea.  Controlando essa proteína poderemos reduzir de forma mais eficiente, ou até reverter esse desgaste dos ossos.


A imagem acima mostra células tronco. O vermelho indica gotículas lipídicas, que são características das células de gordura. (Crédito: Universidade de Delaware)

Fontes:
Hype Science
Portal da Educação Física
Science Daily

Animais são seres conscientes, dizem cientistas.

    Se você sempre achou que seu amigo de estimação é inteligente de mais para ser tão burro (?), você tinha razão! Explicarei melhor:
    Um grupo de cientistas de renome mundial, de diversas áreas publicaram um manifesto atestando que animais tem um grau de consciência, e ressaltando as evidências.




     O grupo se reuniu na  Universidade de Cambridge (Reino Unido) e chamou o documento de Declaração de Cambridge Sobre Consciência. Esse pode ser o primeiro grande passo que a Humanidade dá rumo a uma relação mais humana, e menos estúpida, entre homens e bichos.

    Ao longo dos anos de pesquisa no mundo todo , um conjunto de evidências convergentes indicaram que animais não humanos, como mamíferos, aves e polvos, possuem as bases anatômicas, químicas e fisiológicas dos estados conscientes, juntamente com a capacidade de exibir comportamentos intencionais e emocionais.
A ausência de um neocórtex (área cerebral mais recente e desenvolvida em humanos) não parece impedir um organismo de experimentar estados afetivos.

   Com o avanço tecnológico, se tornou possível testar muito mais evidências nesse sentido, o que tornou impossível para a comunidade científica internacional dizer que mamíferos, aves e até polvos (único invertebrado da lista) não tenham algum tipo de consciência.



    A existência de consciência se revela em várias aptidões e características dos animais. Se reconhecer diante de um espelho é uma delas. Atingir a fase REM durante o sono também é um pressuposto de consciência: é nesse período que nossos sonhos ficam mais vívidos e fáceis de lembrar. Essas duas características já foram observadas em diversos animais. Laços afetivos com outros animais ou com humanos também são uma evidência de consciência: já foi comprovado que animais como chimpanzés, gorilas, golfinhos, leões marinhos, lobos, lhamas, pegas 9passarinho) e gansos sofrem por causa da morte de um parente.

     A declaração é assinada por profissionais como: cientistas cognitivos, neurofarmacologistas, neurofisiologistas e neuroanatomistas e neurocientistas computacionais, todos participantes da Francis Crick Memorial Conference on Consciousness in Human and Non-Human Animals, evento sobre consciência humana e não-humana realizado na Universidade de Cambridge, em julho desse ano. Esse manifesto é também um golpe na arrogância humana, e nos mostra que os outros animais que dividem esse planeta conosco não são tão diferentes de nós como achamos que fossem.


    No vídeo abaixo chimpanzés demonstram alegria, curiosidade e afeto ao verem a luz do Sol pela primeira vez e se abraçarem. Sensacional!






Fontes:
Site da Revista Galileu
Artigo da Folha de São Paulo
Blog Bocaberta
You Tube